23.10.08

Crescimento!

Gente, como filhote cresce!!!!
Só por uma noção comparativa, começo o post com uma foto do dia em que ele chegou em casa, com uma tirada 3 dias depois. Estão um pouco escuras, mas é só pra comparar o comprimento das pernas!
Parece que a gente tá dando fermento pra eles... na primeira visita à veterinária Boomer pesava 4,1kgs. Atualmente pesa aproximadamente 12kgs. O engraçado é que cada vez que ele ia tomar vacina, a vet dizia: agora ele não deve mais crescer muita coisa... e lá iam mais 2kgs! Durante esse crescimento super-acelerado, passou por umas fases bem desengonçadas, porque as pernas cresciam e o corpo não acompanhava - ele ficava alto e magrelo.

Agora não tenho mais percebido diferenças em seu tamanho, apesar de quem não vê todo dia perceber alguma coisa. Mas no começo, eu saía pra trabalhar e quando voltava achava ele maior! Bem engraçado, isso. De um dia pro outro, ele passava a conseguir subir no sofá, depois na cama, e assim por diante. Atualmente alcança o mármore da pia - o que é um grande problema - e dá uns pulos altíssimos.


Todo mundo na rua estranha o tamanho dele, mas isso é porque ele é Standard, e por aqui só se vê Schnauzer Miniatura. Pra um standard, ele tem o tamanho certinho.



Xixi...


Antes do Boomer chegar, é claro que eu já tinha lido tudo que pude encontrar por aí sobre cachorros, filhotes, educação canina, cinologia comportamental, schnauzers e afins. Quem me conhece sabe exatamente do que estou falando! E já sabia que seria um desafio - e de extrema importância - o housebreaking, como a literatura cyber-americana chama. Não encontrei sinônimo em português, mas significa simplesmente ensinar o cão um mínimo de hábitos de higiene para que ele possa conviver harmoniosamente com o resto da casa. Ou seja: basicamente onde fazer as necessidades.
Um pequeno detalhe é que a maior parte dos textos americanos assume que a gente mora num suburb e que o cachorro nunca deve fazer suas necessidades em casa - e sim sair pro jardim sempre que precisar, ou esperar a hora do passeio. Além de ser totalmente fora da minha realidade, depois descobri que era contra os princípios da minha veterinária - ela disse que como schnauzers têm uma tendência a desenvolver problemas renais, não era saudável ensiná-los a segurar o xixi até a hora de sair de casa. O melhor era que eles fizessem no lugar determinado, assim que sentissem vontade.
Comprei a maior diversidade de produtos feitos para auxiliar donos nessa missão (no final do post faço uma breve crítica a respeito dos produtos testados, caso alguém passe por aqui a procura de orientação). Achei que tudo ia dar certo assim de primeira, se eu estivesse preparada.
O que eu não sabia é que ELE não estava preparado. Quando chegou em casa, aos 2 meses, Boomer fazia xixi a cada meia hora ou menos, e minha coluna doía de tanto abaixar pra limpar a sujeira nos mais diversos cantos da casa. E tome pegar o cachorro no ato, brigar e carregar pro local certo (jornal). Caaaaaansa! Tome limpar tudo com um produto específico para tirar o cheiro e ele não sismar com o lugar errado. Tome levar ele pro jornal ANTES do xixi e depois de comer e ficar lá até ele fazer.
Depois de um tempo (quase um mês, eu acho) ele tinha aprendido o seguinte:

1.se eu faço xixi fora do jornal as pessoas me levam pro jornal. Aí ele fazia e ia pro jornal DEPOIS, engraçadíssimo!
2.fazer xixi no jornal é bom, porque depois me dão Doguitos! Aí, se a gente tivesse por perto, ele fazia no jornal pra mostrar que era esperto e ia todo feliz pegar o petisco.

Nesse ponto eu já estava arrasada, me sentindo um fracasso. Tentei várias técnicas: brigar quando faz xixi, ignorar quando faz xixi, entre outras tantas recomendações que li! E nada dava uma solução definitiva para o problema!
Até que eu fui relaxando - mas sem desistir de ensinar - e lá pelos 4 meses de idade ele começou a acertar quase sempre. Fui percebendo que nesse período as vezes que ele errava era porque nao conseguiu acertar, mesmo. Estava indo pro jornal mas acabou fazendo no meio do caminho, ou estava brincando e não soube avaliar a hora de parar pro xixi. Ou seja, estava faltando maturidade, mesmo. E aos 4 meses a bexiga já era maior e o xixi bem menos freqüente, facilitando um pouco pro meu lado.
Na época era um desespero, hoje vejo que tudo o que aconteceu foi parte do processo de aprendizado dele, não dava pra ensinar em alguma horas, como alguns livros sugeriram. O meu cachorro teve seu próprio tempo de aprendizagem.
Atualmente, aos 10 meses, ele já levanta a pata pra fazer xixi (filhotes machos fazem xixi agachadinhos como as fêmeas). Começou a levantar perto dos 5 meses, e presenciar esse processo foi muito legal: Boomer experimentou vários ângulos, pata direita e pata esquerda, levantou a patinha o máximo que pôde, tando que desequilibrou e caiu... Em casa ele só faz no jornal, e nunca fora dele. Sei que alguns machos têm problemas com demarcação de território dentro de casa, mas nós não passamos por isso. Em outras casas, ele segura o máximo que pode pra não fazer xixi (na casa da minha mãe ele não faz, e quando vamos pra nossa casa na serra ele prefere fazer tudo no jardim). Se estiver na rua, faz em todos os cantinhos que encontrar!


Produtos Testados:

1. Pipi Dog - é um "cheirinho de xixi", pra pingar no jornal e o filhote entender que ali é o local mais indicado. Tem o efeito esperado, mas tive que usar com freqüência muito maior que a indicada na embalagem.
2. Pipi Dolly´s - é uma bandeja onde o cachorro faz o xixi, que escorre por uma grade evitando que o animal pise nele e suje as patinhas. O Boomer não conseguiu entender que era pra fazer ali. Achei mais fácil ensinar com jornal, aém de ser caro. Apesar disso, já ouvi várias opiniões favoráveis ao produto, acho que depende do animal, mesmo.
3. Enzimac - meu companheiro até hoje, pra eventuais (raríssimos) acidentes. Produto de limpeza que contém uma bactéria que digere fezes e urina, pra ser aplicado após a remoção da sujeira. Como digere tudo, o cheiro vai embora até pro cachorro (que tem o olfato MUITO mais sensível que o nosso), evitando que repita o erro. No começo saía uma pouco caro, porque eu gastava uma garrafa por semana. A última que eu comprei está aqui há 3 meses... Muito bom!
4. Pode/Não pode - são dois produtos que têm a função de indicar onde o animal pode/não pode fazer suas necessidades. O pode funciona como o Pipi Dog, nenhuma novidade. O não pode achei interessante, porque irrita o nariz do cachorro. O Boomer começava a farejar um lugar pra fazer xixi, e espirrava! Desconcentrava e ia embora. Foi útil pra tirar dele a mania de fazer num lugar específico.
5. Tapecão - funciona como uma grande fralda em forma de tapete, absorvendo todo o xixi e evitando a molhança que fica no jornal. A idéia é ótima, mas o material é fofinho (como o de fralda), e várias vezes o Boomer resolveu deitar em cima e usar como cama, dificultando o processo de aprendizado (já que a mãe logo cedo ensina os bebês a urinar longe do local onde comem e dormem). Botei Pipi Dog em cim, mas não resolveu totalmente o problema e eu achei mais fácil (e mais barato) usar jornal mesmo.

20.10.08

1a Noite

Lembro com detalhes o dia em que trouxemos o Boomer pra casa. Foi num sábado, e tínhamos acabado de dormir a primeira noite juntos na nossa casa - num colchão no chão. A mudança mesmo, com cama e móveis, foi feita no sábado. Começou de manhã cedinho e as arrumações se estenderam pelo dia todo. Na verdade, por algumas semanas. No fim do dia, já exaustos, fomos buscar nosso filhote. Acabou sendo tarde, tipo 21, 22 horas por causa de alguns desencontros entre nós e a Fátima (dona da Maia, mãe dele).
As coisas pra ele já estavam todas aqui em casa. Caminha, jornal no chão, potinhos de água e ração, alguns brinquedinhos, Pipi Dog. Um verdadeiro enxoval. Fomos então pra Tijuca buscar o novo membro da família. A maior parte da ninhada ainda estava lá, não me lembro quantos exatamente. Foi tudo tranqüilo até a hora em que pegamos o Boomer no colo e atravessamos a porta do apartamento com ele. Foi quando a Maia começou a latir muito, desesperada. Um verdadeiro escândalo. Boomer, no meu colo, ficou tremendo e com o coraçãozinho disparado.

Depois disso, já no caminho pra casa, ele foi se acalmando. Chegou esfomeado, comeu e foi muito tímido conhecer a casa. Não fez nem sinal de que entendeu o que era a cama dele, fez alguns xixis no lugar errado e parecia muito interessado em saber quem era a gente e que lugar era aquele. Logo fomos dormir, e ele também não entendeu muito bem: ficou zanzando pelo quarto. Já estava esperando uma noite difícil, todo mundo que tinha cachorro disse que eu não ia conseguir dormir na primeira noite, que ele ia chorar a noite toda. Não queria que ele se acostumasse a dormir na cama, então coloquei ele no chão ao meu lado, deitei na cama e estiquei o braço, apoiando minha mão sobre ele. Aí ele entendeu que era pra dormir e se acalmou. Não chorou nadinha, era um filhote corajoso.

No meio da noite, acordamos assustados com fogos de artifício, que depois descobrimos que seriam regra aqui na vizinhança. Fiquei preocupada com o filhote, que não estava onde eu tinha deixado. Encontramos o Boomer na sala, sentadinho embaixo de uma cadeira com cara de assustado. Não chorou nem com o susto. Ficamos um pouquinho com ele e fomos dormir novamente. Éramos uma família.

19.10.08

Quem casa quer... cão!


Desde sempre eu quis ter um cachorro. E tive que esperar um tempão mesmo, dado que minha mãe sempre proibiu terminantemente. Eu tinha vontade de ser daquelas crianças que trazem um cachorro pra casa "pra vez se cola", mas nunca tive coragem. A certeza de que o cachorro seria posto pra fora não me permitia.

Ao longo da minha infância e adolescência tentei convencer meus pais, mas não adiantou nada. Um pouco mais tarde, quando comecei a fazer planos pra me mudar da casa onde eu cresci, o sonho comeceu a se concretizar. Finalmente, a opção seria minha.

Em fevereiro desse ano vim morar com meu namorado - imediatamente promovido a marido - que também é apaixonado por animais. Nada mais natural que trazer um cachorro pra compartilhar da nossa nova vida! E foi assim: dormimos uma noite sozinhos no apartamento, e no dia seguinte buscamos o Boomer. Não foi comprado em canil, mas da dona da mãe dele, que tinha tido uma ninhada. Já havíamos ido à casa dela conhecer os filhotes e escolher o nosso, que era o maior de todos. A idéia era trazer o filhote pra casa quando tudo estivesse mais organizado, mas simplesmente não resistimos. No dia em que fomos conhecê-lo ficamos apaixonados e morrendo de saudades daquele serzinho, que já fazia parte dos nossos planos e da nossa vida desde as discussões sobre raça, sexo e nome.

Dia 23 de fevereiro de 2008 nos tornamos responsáveis pelo Boomer, um schnauzer standard que estava com 2 meses recém-completos. Parecia de pelúcia. Ele traz uma alegria inimaginável pro nosso dia-a-dia, e também muita confusão! Espero que aproveitem esse blog, onde pretendo registrar todas as mudanças que esse cãozinho provocou em nossas vidas, e também seu desenvolvimento.