20.10.08

1a Noite

Lembro com detalhes o dia em que trouxemos o Boomer pra casa. Foi num sábado, e tínhamos acabado de dormir a primeira noite juntos na nossa casa - num colchão no chão. A mudança mesmo, com cama e móveis, foi feita no sábado. Começou de manhã cedinho e as arrumações se estenderam pelo dia todo. Na verdade, por algumas semanas. No fim do dia, já exaustos, fomos buscar nosso filhote. Acabou sendo tarde, tipo 21, 22 horas por causa de alguns desencontros entre nós e a Fátima (dona da Maia, mãe dele).
As coisas pra ele já estavam todas aqui em casa. Caminha, jornal no chão, potinhos de água e ração, alguns brinquedinhos, Pipi Dog. Um verdadeiro enxoval. Fomos então pra Tijuca buscar o novo membro da família. A maior parte da ninhada ainda estava lá, não me lembro quantos exatamente. Foi tudo tranqüilo até a hora em que pegamos o Boomer no colo e atravessamos a porta do apartamento com ele. Foi quando a Maia começou a latir muito, desesperada. Um verdadeiro escândalo. Boomer, no meu colo, ficou tremendo e com o coraçãozinho disparado.

Depois disso, já no caminho pra casa, ele foi se acalmando. Chegou esfomeado, comeu e foi muito tímido conhecer a casa. Não fez nem sinal de que entendeu o que era a cama dele, fez alguns xixis no lugar errado e parecia muito interessado em saber quem era a gente e que lugar era aquele. Logo fomos dormir, e ele também não entendeu muito bem: ficou zanzando pelo quarto. Já estava esperando uma noite difícil, todo mundo que tinha cachorro disse que eu não ia conseguir dormir na primeira noite, que ele ia chorar a noite toda. Não queria que ele se acostumasse a dormir na cama, então coloquei ele no chão ao meu lado, deitei na cama e estiquei o braço, apoiando minha mão sobre ele. Aí ele entendeu que era pra dormir e se acalmou. Não chorou nadinha, era um filhote corajoso.

No meio da noite, acordamos assustados com fogos de artifício, que depois descobrimos que seriam regra aqui na vizinhança. Fiquei preocupada com o filhote, que não estava onde eu tinha deixado. Encontramos o Boomer na sala, sentadinho embaixo de uma cadeira com cara de assustado. Não chorou nem com o susto. Ficamos um pouquinho com ele e fomos dormir novamente. Éramos uma família.

2 comentários:

Huddolf disse...

eu no começo dormia no quarto ao lado, aí tive otite, meus papis ficaram com dó e a partir daí fui ganhando cada vez mais espaço. xD

Muito corajoso mesmo o migo Boomer!! A maioria sempre chora quando fica longe da mãe canina né?! Mas acho que o carinho e a atenção que ele teve ajudou bastante pra ele se sentir seguro ^^

Lúcia disse...

Otite é ruim demais, né?

Depois descobrimos que o Boomer se sente seguro ao nosso lado, mesmo. Que bom!
Tivemos um problemão com ele chorando quando ficava sozinho em casa... vou fazer um post sobre isso depois. Era de cortar o coração!